quarta-feira, 3 de março de 2010

O poder do louvor
“E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus” (Apocalipse 8.3,4)

O mundo está vivendo tempos difíceis. Uma terrível crise financeira tem assolado o planeta. A violência urbana tem crescido em uma escala assustadora. A natureza está sentindo o resultado da ação do homem em proporções cada vez mais alarmantes. Não é uma tarefa nada fácil louvar ao Senhor em tempos de tribulação, não é mesmo? Parece que algo nos impede de demonstrar nossa gratidão a Deus quando estamos passando por uma crise.

Em minha adolescência, sempre ouvia falar sobre o aquecimento global e sobre os efeitos catastróficos que a intervenção do homem na natureza traria nos próximos vinte anos. Parece que nosso prazo está acabando. A ampulheta foi virada e os últimos grãos de areia estão caindo.

Em meio a tantos problemas, as pessoas reagem de diferentes formas. Algumas fingem que nada está acontecendo. Continuam a levar suas vidas naturalmente. Estão tão envolvidas pela rotina de seu trabalho que são incapazes de enxergar o problema ou não querem admitir sua existência.
Um outro grupo de pessoas, no entanto, faz parte da outra ponta do iceberg. Elas vivem no extremo da ansiedade, do pânico e da depressão. Não conseguem enxergar esperança em meio ao caos. Tudo o que fazem é se desesperar. Elas têm pensamentos negativos e só visualizam um final trágico.

A que grupo de pessoas você pertence?

Se você não pertence a nenhum dos dois grupos, parabéns. Você faz parte do seleto grupo de pessoas que têm fé. “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se veem” (Hebreus 11.1). O apóstolo Paulo nos traz não uma definição do que seja fé, mas o modo como ela opera. Nesse sentido, a fé pode ser entendida como uma convicção estabelecida em relação às coisas que não são vistas e a expectativa estabelecida de uma recompensa futura.

Depositamos nossa confiança sempre em alguém ou alguma coisa que possa nos trazer, de fato, um sentimento de segurança. Um filho tem confiança em seu pai porque sabe que todo seu sustento provém dele e caso faça alguma coisa errada, ele sempre estará por perto para ajudá-lo. Um piloto de corrida tem confiança em seu veículo porque certamente tem conhecimento da potência da máquina que controla. Ele sabe que se algo der errado, tem meios para parar o veículo em segurança, sem que aconteça um grave acidente.

A essência da fé é a segurança que ela nos proporciona. Provavelmente você deve estar lendo minhas palavras em um lugar seguro, seja na sua casa, trabalho ou faculdade. Você tem confiança que está protegido em relação ao fato de ser vítima da ação de terceiros que tenham a intenção de lhe prejudicar ou mesmo por algum acontecimento longe de ser previsto ou evitado.

Quando nos falta confiança, damos lugar a um sentimento bastante perigoso: o medo. O medo é o responsável direto pela falta de fé, pela incredulidade. Quando nos sentimos com medo não conseguimos enxergar além desse mundo terreno, não conseguimos contemplar o sobrenatural. O medo está enraizado em nossa própria natureza como homens e tem sua origem na morte espiritual de Adão. O medo nos afasta tragicamente de Deus.


Renato Collyer
(artigo publicado pelo site http://www.icrvb.com/ em 10.02.2010)

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